Foto: Assafir
Após a decisão de colocar Trípoli, sobre a proteção do exército libanês, muitos obstáculos ainda impedem a possibilidade de uma solução final dos conflitos na cidade, que vem sofrendo há anos sob o peso de um confronto regional, onde os moradores (os mais pobres do país), acabam pagando com o próprio sangue. Tudo isso pela guerra na Síria.
Alguns líderes da região acusam o Hezbollah, e o regime sírio de destruir Bab Tabbenah (um bairro de maioria salafista). Por outro lado, o Partido Árabe Democrático acusa a Frente Al Nusra, de destruir e cercar Jabal Mohsen, impedindo inclusive, a entrada de alimentos, e medicamentos.
Muitas pessoas em Trípoli abandonaram a região, e muitas ainda consideram seriamente a hipótese de mudarem de suas casas. E não apenas isso, instituições estão fechadas, entre elas, escolas e universidades que possuem uma presença importantíssima na cidade.
O colapso econômico, resultou na falência e fechamento de lojas, uma após a outra. O papel histórico da cidade está decaindo, e o turismo está morto.
A violência e tensão em Trípoli, o transforma em um palco de guerra, que alguns políticos usam para acertar as contas.
Será que o Exército libanês vai conseguir impor a segurança e a estabilidade em Trípoli? Se for bem-sucedido, será o fim dos conflitos na região. Ou será que vai haver apenas uma pausa, uma trégua temporária, seguido por uma próxima rodada de conflitos?
A futura segurança da cidade ainda está no limbo, todas as medidas estão sendo tomadas para silenciar a voz de chumbo, o que é apenas um dos objetivos iniciais do Estado, dando abertura para um próximo passo, que será o plano de desenvolvimento para salvar o que pode ser salvo.
Apesar da esperança, enquanto houver guerra na Síria, há medo de que Trípoli, ainda seja uma arena complementar.
Therese Mourad
Gazeta de Beirute
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